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Pesquisa eleitoral no Chile mostra ampliação da vantagem de candidato de direita

O candidato de direita José Antonio Kast ampliou significativamente sua vantagem na corrida presidencial chilena, de acordo com pesquisa Latam Pulse/AtlasIntel, em parceria com a Bloomberg, divulgada nesta sexta-feira (28). No total, Kast aparece com 56,9% das intenções de voto, enquanto Jeannette Jara, do Partido Comunista, registra 35,5%. Outros 8,1% dos entrevistados estão indecisos ou pretendem anular o voto.

Esse movimento representa uma mudança expressiva em relação ao levantamento de outubro – quando Jara tinha 39% e Kast, 47%, quase 10 pontos abaixo do patamar atual.

Considerando apenas os votos válidos, o candidato da direita chega a 61,9%, contra 38,1% de Jara – uma vantagem superior a 20 pontos percentuais.

A pesquisa ouviu 9.012 eleitores entre os dias 22 e 27 de novembro e tem uma margem de erro de um ponto percentual, para mais ou para menos.

Em contraste com o cenário atual, o resultado do primeiro turno das eleições chilenas, que ocorreram no início de novembro, apresentou um quadro diferente. Jara foi ministra do Trabalho e Previdência Social do atual governo do Chile, Gabriel Boric, e sua gestão ficou marcada pela redução da jornada de trabalho de 45 para 40 horas semanais.

A candidata de esquerda foi seguida por Kast, do Partido Republicano. Esta é a terceira vez que o político de direita concorre à presidência. Em 2021, chegou a ir para o segundo turno contra Boric.

A grande maioria das pesquisas eleitorais realizadas após o primeiro turno mostrava Kast como líder na votação decisiva. Enquanto o voto da esquerda chilena se concentrou em Jara, o da direita se dividiu entre três candidatos: Kast, Johannes Kaiser, do Partido Nacional Libertário, e Evelyn Matthei, opção da centro-direita. Jara obteve 26% dos votos e Kast, 24%.

O segundo turno no Chile ocorrerá no dia 14, quando se definirá a sucessão de Boric, que enfrenta altas taxas de desaprovação, segundo relatório da AtlasIntel.

A pesquisa divulgada nesta sexta-feira mostra que a aprovação de seu governo caiu de 43,9% para 34,2% em um intervalo de um ano.

Em novembro do ano passado, um pouco mais da metade da população, o equivalente a 51,9%, desaprovava sua gestão, enquanto em 2025 essa taxa subiu para 63,9%, um aumento de aproximadamente 23%. Em uma avaliação da qualidade de seu mandato, 55,6% da população chilena considera como ruim ou muito ruim, enquanto 27% descrevem como excelente ou boa.

Nas eleições de 2021, nas quais concorreu com Kast, Boric venceu com 55% dos votos. Esquerdista e ex-líder estudantil, Boric tinha 36 anos e se tornou o presidente mais jovem a assumir o cargo no Chile.

Em sua campanha eleitoral, em coligação com os partidos Comunista e Frente Ampla, as promessas eram de um país com melhor nível de bem-estar social, aumento na arrecadação de tributos e o fim de políticas econômicas liberais. Além disso, Boric apoiava a elaboração de uma nova Constituição, mas não possuía apoio do Congresso.

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