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Evolução da Expectativa de Vida no Brasil: 4 Gráficos que Mostram a Transformação desde 1940

A esperança de vida ao nascer aumentou mais de 30 anos nas últimas décadas no Brasil

Em 2024, a expectativa de vida ao nascer atingiu 76,6 anos

Quantos anos cada pessoa viverá? Embora não exista uma resposta exata para essa pergunta, a demografia trabalha com o conceito de expectativa de vida, um indicador que estima a média de anos que uma população pode viver, mantendo-se as condições atuais. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) recentemente divulgou os novos números referentes a 2024.

Os dados demonstram a continuidade do aumento da esperança de vida ao nascer no Brasil, que havia registrado queda em 2020 e 2021 devido à pandemia. Além disso, evidenciam as profundas transformações demográficas ocorridas ao longo de quase nove décadas e reforçam a percepção do envelhecimento populacional no país.

A expectativa de vida é um importante indicador das condições de vida da população. O crescimento observado desde a década de 1940 reflete avanços na medicina e também na expansão do acesso ao saneamento básico no território nacional. Este número também serve como um dos parâmetros para a definição do fator previdenciário, utilizado no cálculo das aposentadorias do regime geral de previdência social.

Em 2024, uma pessoa que nascia no Brasil tinha expectativa de viver 76,6 anos. Globalmente, a expectativa de vida ao nascer estava em 73,2 anos em 2023, conforme dados mais recentes disponíveis da Divisão de Estatísticas das Nações Unidas. Este valor representa a média entre regiões com estimativas de vida mais longa – como Europa e América do Norte (79,2 anos) – e aquelas onde a expectativa é menor – como na África Subsaariana (62,1 anos).

Confira através de quatro gráficos as mudanças na expectativa de vida no Brasil desde 1940:

População brasileira

A expectativa de vida ao nascer de 76,6 anos em 2024 representa um ganho de mais de trinta anos em comparação com 1940, quando era de apenas 45,5 anos. Este indicador reflete as condições de vida prevalecentes em cada período histórico.

Ao longo das décadas, a melhoria no bem-estar da população permitiu que muitas pessoas vivessem significativamente mais do que essa expectativa inicial, graças a fatores relacionados à saúde, saneamento básico e renda, entre outros.

A esperança de vida ao nascer superou os 50 anos em 1960, atingindo 52,5 anos, e alcançou 62,5 anos em 1980.

Diferenças por sexo

Os números do indicador apresentam variações entre homens e mulheres: elas tendem a viver mais do que eles. Em 2024, a expectativa de vida para os homens era de 73,3 anos. Para as mulheres, aproximou-se dos 80 anos (79,9 anos).

O último Censo Demográfico de 2022 confirmou que os homens morrem mais do que as mulheres em praticamente todas as faixas etárias, com exceção dos idosos acima de 80 anos. A juventude representa um dos períodos em que a chamada sobremortalidade masculina é mais acentuada.

Estudos demográficos – baseados em registros civis e dados do sistema de saúde – indicam que este fenômeno de maior mortalidade entre homens jovens é explicado principalmente por causas externas ou violentas, como homicídios, acidentes de trânsito e suicídios.

Diferencial entre os sexos

A diferença na expectativa de vida entre homens e mulheres é uma realidade desde 1940, mas tem se modificado ao longo das décadas.

Esta distância era de 5,4 anos em 1940, com tendência de aumento até 2000, quando alcançou 7,8 anos. A partir desse ponto, o comportamento tornou-se menos linear. Houve redução em 2019, mas novo aumento em 2020, primeiro ano da pandemia. De 2021 em diante, essa diferença na esperança de vida ao nascer entre homens e mulheres voltou a cair, atingindo 6,6 anos em 2024.

Impacto da pandemia

Mais de 700 mil pessoas faleceram devido à pandemia no Brasil, principalmente nas faixas etárias mais avançadas. Nos anos de 2020 e 2021, ocorreu o que os demógrafos classificam como ‘excesso de mortes’, que reduz a esperança de vida ao nascer.

A expectativa de vida, que era de 76,2 anos em 2019, caiu para 74,8 anos em 2020 e 72,8 anos em 2021. A partir de 2022, com o controle da pandemia, esse indicador retomou sua trajetória de crescimento e continua em processo de recuperação desde então.

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