China inicia inspeção nacional de segurança contra incêndios após tragédia em Hong Kong
A China iniciou uma inspeção nacional para identificar riscos de incêndio em edifícios, após o complexo residencial Wang Fuk Court, em Hong Kong, ser atingido por um grande incêndio na quarta-feira (26), resultando em pelo menos 128 mortes e aproximadamente 150 desaparecidos. Mais de 4.600 pessoas residiam no local.
De acordo com o jornal estatal China Daily, o Comitê de Segurança do Trabalho do Conselho de Estado orientou as autoridades locais a realizarem verificações de segurança urgentes e a corrigirem quaisquer problemas identificados em prédios, sejam residenciais ou comerciais. A iniciativa tem como objetivo prevenir acidentes semelhantes ao ocorrido no condomínio de Hong Kong.
O incêndio atingiu o conjunto residencial no início da tarde de quarta-feira e rapidamente se alastrou por sete dos oito blocos de 32 andares. O fogo foi completamente controlado apenas no sábado (29), segundo informações da mídia estatal.
As novas inspeções devem concentrar-se principalmente na detecção e correção de defeitos relacionados a equipamentos de combate a incêndios, como extintores, hidrantes e sistemas de controle de fumaça. As saídas de emergência também serão verificadas.
O comunicado do governo exige que os problemas sejam solucionados rapidamente e indica que violações graves serão penalizadas. O Ministério da Gestão de Emergências afirmou que edifícios em processo de reforma receberão atenção especial. ‘Precisamos fortalecer de forma abrangente a gestão da segurança contra incêndios em edifícios altos para proteger eficazmente a vida e o patrimônio das pessoas’, declarou o Ministério em nota.
Investigações preliminares indicam que o fogo teve início em um andaime no andar inferior e se propagou rapidamente devido a estruturas de bambu utilizadas nas reformas. A presença de material isolante inflamável empregado nos reparos também contribuiu para a rápida disseminação das chamas.
Segundo o Corpo de Bombeiros local, os alarmes de incêndio não funcionaram durante os testes. Moradores que conseguiram escapar relataram não ter ouvido os sinais sonoros de alerta.
Das 128 vítimas fatais, 108 foram encontradas sem vida dentro dos prédios, de acordo com as autoridades. As operações de resgate já foram finalizadas, mas espera-se que mais corpos sejam localizados durante a varredura completa dos edifícios.
Onze pessoas já foram detidas por possível envolvimento com o incêndio. As investigações buscam esclarecer questões relacionadas ao uso de materiais inseguros e possíveis casos de corrupção. Este incêndio é o mais mortal registrado em Hong Kong desde 1948, quando 176 pessoas morreram em um incêndio em um armazém.
Share this content:



Publicar comentário