Confiança do consumidor americano atinge menor nível histórico em relação à situação atual
A confiança dos consumidores dos Estados Unidos em relação à situação presente atingiu o menor patamar já registrado.
Dados preliminares do indicador da Universidade de Michigan mostraram uma leve alta para 53,3 pontos no índice geral, que avalia também as expectativas futuras. Contudo, o subíndice que mede as condições atuais recuou para 50 pontos, o menor da série histórica iniciada em 1978 – representando uma queda de 32,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
No mês anterior, o indicador geral havia caído para 51 pontos, impactado pelo fechamento do governo federal. Foi o segundo pior resultado da série. O recorde negativo ocorreu em junho de 2022, quando a alta inflacionária no período pós-pandemia derrubou a confiança dos americanos para o nível mais baixo registrado.
Em janeiro, no início do governo anterior, o cenário era completamente diferente, com o índice acima de 70 pontos. Havia maior otimismo tanto em relação às condições presentes quanto às perspectivas para os próximos anos.
A principal causa da deterioração no sentimento foi o aumento no custo de vida, particularmente para os americanos das classes de renda mais baixa. São pessoas, em geral, com baixo nível de poupança e sem investimentos financeiros – que não se beneficiam do aumento de riqueza gerado pela valorização do mercado de ações.
A pesquisa destaca a divergência entre as diferentes classes sociais.
Joanne Hsu, diretora do Índice de Sentimento do Consumidor, disse ao Financial Times que, desde maio, o otimismo entre aqueles que não possuem ações vem caindo.
O oposto ocorreu com aqueles que possuem investimentos em ações. Houve um ‘aumento particularmente forte’ no sentimento entre os 20% maiores detentores de ativos, afirmou ela.
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