Conflito na Fronteira: Tailândia e Camboja Mantêm Combates Apesar de Pressão Internacional
O primeiro-ministro tailandês, Anutin Charnvirakul, afirmou nesta sexta-feira (12) que ainda não há um acordo de cessar-fogo com o Camboja. Em uma conversa telefônica com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ele defendeu que seu país não é o agressor no conflito com o vizinho.
Anutin relatou que Trump manifestou o desejo de que ambas as nações retomassem o cessar-fogo estabelecido em julho. Ele acrescentou que o mandatário norte-americano não citou a possibilidade de utilizar tarifas comerciais como ferramenta para encerrar os combates.
As declarações do líder tailandês ocorrem enquanto intensos confrontos na fronteira entre os dois países seguem pelo quinto dia consecutivo.
“Ele [Trump] queria um cessar-fogo. Eu disse a ele para pedir aos nossos vizinhos não apenas um cessar-fogo, mas para retirar suas tropas, remover todas as minas que plantaram e demonstrar que eles devem parar tudo primeiro”, declarou Anutin a jornalistas. “Neste momento, ainda não há cessar-fogo. Os combates continuam”, completou.
Tailândia e Camboja têm trocado disparos de artilharia em diversos pontos de sua fronteira de 817 km, em alguns dos embates mais graves desde a batalha de cinco dias em julho, que Trump interrompeu ao telefonar para os dois líderes e pedir a suspensão do conflito mais recente e intenso entre as nações.
Trump se reuniu com Anutin e com o primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, na Malásia, em outubro, onde eles assinaram um acordo de cessar-fogo ampliado.
Os confrontos desta semana resultaram em pelo menos 20 mortos e mais de 260 feridos, de acordo com levantamentos de ambos os países, que se acusam mutuamente de reacender o conflito.
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