Carregando agora

Correios registram prejuízo de R$ 6 bilhões acumulado até setembro

A empresa estatal enfrenta dificuldades financeiras e encaminhou ao Tribunal de Contas da União (TCU) seu plano de reestruturação. Os Correios informaram nesta sexta-feira (28) que o prejuízo acumulado no ano alcançou R$ 6 bilhões até setembro, em um período caracterizado por diminuição nas receitas e crescimento nas despesas operacionais.

No balanço divulgado na noite desta sexta-feira, a companhia afirma que seu plano terá três etapas: estabilizar, reorganizar e modernizar, além de preparar o crescimento.

No comunicado enviado à imprensa sobre o resultado apurado em setembro, a empresa menciona também ‘maior exigência na gestão de obrigações judiciais e trabalhistas’. Esses fatores, segundo a defesa da empresa, ‘influenciaram os indicadores e reforçaram a importância das medidas estratégicas já em andamento para reequilibrar as finanças da companhia’.

De acordo com o balanço, no ano até setembro a receita líquida com vendas e serviços foi de R$ 12,3 bilhões (R$ 8,1 bilhões até o final de junho). As despesas gerais e administrativas totalizaram, por outro lado, R$ 4,8 bilhões no ano até setembro (R$ 3,4 bilhões até junho).

‘Desafios estruturais comprometem competitividade’, destaca a estatal no início do documento.

Plano de reestruturação em três fases

No plano de reestruturação, a empresa declara que a primeira fase é estabilizar, que já está em curso, de acordo com a companhia. Nessa etapa inicial, a intenção é ‘recuperar a liquidez da empresa e retornar a atividade operacional para patamares adequados que permitam a estabilização de receitas’, ao mencionar que será intensificada assim que for aprovada a captação de recursos de terceiros, por meio de operação de crédito em negociação com o mercado, prevista ainda para este ano.

Na última sexta-feira, o governo anunciou um contingenciamento de R$ 3 bilhões devido à situação deficitária dos Correios. A empresa pretende obter empréstimos junto a bancos com garantia do Tesouro Nacional.

Já a segunda etapa, que começaria a partir do próximo ano até 2027, a empresa fala em ‘medidas estruturais visando o aumento de receitas e redução de despesas’, com reorganização de unidades com baixa eficiência; modernização de estruturas e sistemas; automação logística; fortalecimento do compliance de passivos judiciais; redução do déficit do Postal Saúde.

A partir de 2027, a intenção é ‘construir um novo ciclo’, com parcerias estratégicas; adoção de tecnologia de ponta; ajustes no modelo de negócio; ampliação da competitividade no mercado logístico; fortalecimento da marca.

Share this content:

Publicar comentário