Carregando agora

Defesa de ex-assessora de Arthur Lira afirma que atuação na Câmara era técnica e apartidária

A defesa da ex-assessora do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Mariângela Fialek, emitiu um comunicado nesta sexta-feira (12) afirmando que o trabalho da advogada na Câmara dos Deputados era ‘técnico, apartidário e impessoal’, seguindo as orientações da Presidência da Casa e dos líderes dos partidos.

‘Nessa função, ela era responsável pela organização técnica das emendas parlamentares, estritamente de acordo com as decisões tomadas pela Presidência da Casa e por todos os líderes partidários, sem distinção (no Colégio de Líderes)’, declararam os advogados Luis Inácio Lucena Adams e Maria Claudia Bucchianeri Pinheiro. A nota foi divulgada após a ex-assessora ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) no mesmo dia.

Conhecida como ‘Tuca’, Fialek atuou como assessora técnica de Lira durante sua gestão na presidência da Câmara e era reconhecida por gerenciar a distribuição das emendas. A operação desta sexta-feira integra uma investigação sobre supostos desvios de recursos provenientes de emendas parlamentares.

As buscas foram conduzidas em locais associados a Tuca. O objetivo era recolher documentos e equipamentos eletrônicos para auxiliar nas investigações. As ações ocorreram em sua residência e em seu gabinete na Câmara dos Deputados. A PF investiga os crimes de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção.

Em sua manifestação, a defesa de Tuca argumentou que todo o material de trabalho da advogada era de caráter público e que as informações sobre as emendas estão disponíveis na Secretaria de Relações Institucionais e no Portal da Transparência, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados afirmaram que não há qualquer acusação de ‘irregularidade funcional ou criminal’ contra ela.

‘Por fim, é importante destacar que não se atribui a Mariangela Fialek a prática de qualquer irregularidade funcional ou criminal. O propósito da medida realizada hoje era obter informações relacionadas à função que ela exerce na Câmara dos Deputados, referentes às indicações de verbas de emendas por parte dos deputados. Vale registrar que tais informações já são públicas atualmente’, complementaram os defensores.

De acordo com a decisão do ministro do STF Flávio Dino, que autorizou a operação, as investigações sugerem que Tuca seria a ‘principal responsável pela operacionalização do chamado ‘orçamento secreto’ no âmbito daquela Casa Legislativa [Câmara dos Deputados]’. O ministro também mencionou que existem fortes indícios de que a assessora agia sob ordens diretas de Lira, aspecto que continua sob apuração.

Share this content:

Publicar comentário