Dois diretores do Banco Central deixarão cargos ao final dos mandatos, sem prorrogação
Dois diretores do Banco Central deixarão cargos ao final dos mandatos, sem prorrogação
Os diretores do Banco Central (BC) Diogo Guillen (política econômica) e Renato Gomes (organização do sistema financeiro e de resolução) deixarão seus cargos ao fim de seus mandatos, em 31 de dezembro deste ano. Com isso, eles não estenderão o período de gestão até que seus sucessores tomem posse.
A informação foi divulgada por um grande jornal e confirmada por um veículo especializado em economia. A lei de autonomia do BC prevê que o prazo de gestão dos diretores pode se estender até a posse dos sucessores. No entanto, a legislação também permite que os diretores solicitem exoneração, o que será o caso.
Nesse contexto, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para os dias 27 e 28 de janeiro deve ocorrer com sete membros, e não com os nove habituais.
O governo federal ainda não indicou os nomes dos sucessores. Com a proximidade do fim do ano, o tempo para indicar, passar pela sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e obter aprovação no plenário da Casa é curto, uma vez que o Congresso entra em recesso no dia 23 de dezembro e só retorna em fevereiro.
Histórico de extensões de mandato
A extensão de um mandato já ocorreu anteriormente, justamente quando o atual presidente do BC, Gabriel Galípolo, assumiu a diretoria de política monetária. Galípolo sucedeu o então diretor Bruno Serra Fernandes no cargo antes de ocupar a presidência da autoridade monetária.
O mandato de Serra Fernandes terminou em fevereiro de 2023, mas o economista permaneceu no cargo por mais um mês, até o fim de março. No dia 23 daquele mês, o então diretor foi exonerado a pedido. No período entre a saída de Serra Fernandes e a chegada de Galípolo, que só aconteceu em julho daquele ano, Guillen assumiu interinamente o cargo.
No intervalo entre o fim de março e julho, o Copom realizou duas reuniões sem sua formação completa. Na reunião de maio de 2023, não houve participação do diretor de política monetária, que ainda não tinha assumido, e da então diretora Carolina de Assis Barros por motivos pessoais. Já na de junho, oito membros participaram, ficando vaga apenas a cadeira da diretoria de política monetária.
Share this content:



Publicar comentário