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Dólar alto ou baixo: quando começar a investir no exterior

Se você está pensando em diversificar seus investimentos e incluir ativos internacionais na sua carteira, provavelmente já se perguntou: “Dólar alto ou baixo, qual o melhor momento para investir no exterior?” Essa dúvida é muito comum, afinal, o câmbio é um fator importante que pode impactar seus resultados.

Entendendo o impacto do dólar no investimento internacional

Antes de mais nada, é fundamental entender como o dólar afeta seus investimentos no exterior. Quando você investe fora do Brasil, geralmente está comprando ativos precificados em dólar (como ações americanas, ETFs, fundos internacionais ou mesmo imóveis). O valor do dólar influencia diretamente quanto você vai pagar ou receber ao converter esses ativos para reais.

Se o dólar está alto, significa que ele está valorizado em relação ao real. Então, na hora de comprar um ativo em dólar, você precisará de mais reais para adquirir a mesma quantidade de dólares. Por outro lado, se o dólar está baixo, você vai precisar de menos reais para comprar a moeda estrangeira.

Dólar alto: é um bom momento para começar a investir no exterior?

Muitas pessoas acreditam que o dólar alto é um obstáculo para investir fora, já que é mais caro comprar ativos em moeda estrangeira. Mas será que isso é verdade? Vamos analisar os prós e contras.

  • Vantagens do dólar alto: Se o dólar está alto, significa que os ativos que você comprar agora estarão custando um preço menor em dólar no futuro, caso a moeda desvalorize. Além disso, a moeda americana tem se valorizado em momentos de crise, funcionando como uma proteção para sua carteira.
  • Desvantagens do dólar alto: Inicialmente, a conversão para dólares é mais cara, pois você vai precisar mais reais para comprar cada dólar. Isso pode reduzir seu poder de compra e desestimular aportes frequentes.

Portanto, mesmo com o dólar alto, pode valer a pena começar a investir, principalmente se sua estratégia é de longo prazo. Comprar ativos estrangeiros aos poucos, em dólar alto ou baixo, permite o chamado “dollar-cost averaging” (média de custo em dólar), que reduz o impacto da volatilidade cambial.

Dólar baixo: é hora de aproveitar para investir?

Quando o dólar está baixo, o cenário parece mais atrativo para investir, já que sua moeda tem mais poder de compra. Mas, novamente, há detalhes que precisam ser considerados.

  • Vantagens do dólar baixo: Você consegue comprar mais dólares com menos reais, aumentando seu poder de compra e podendo investir uma quantia maior no exterior.
  • Desvantagens do dólar baixo: Se o dólar valorizar no futuro, o retorno sobre seus ativos pode ser afetado negativamente na hora de converter os valores de volta para reais.

Então, embora o dólar baixo facilite compras imediatas, o risco cambial pode impactar o rendimento dos seus investimentos. É por isso que tentar “encontrar o momento perfeito” para investir pode não ser a melhor estratégia.

Quando realmente começar a investir no exterior?

Em vez de esperar o dólar estar alto ou baixo, o melhor é focar em uma estratégia que leve em conta seus objetivos, perfil de risco e planos financeiros. Veja algumas dicas para decidir quando agir:

  1. Defina seus objetivos claros: Para que você quer investir no exterior? Pensar em aposentadoria, diversificação ou proteção contra instabilidades no Brasil ajuda a entender o prazo e o valor.
  2. Avalie seu perfil de investidor: Se você é conservador, poderá buscar investimentos internacionais menos voláteis, como fundos ou títulos atrelados ao dólar. Se é arrojado, ações e ETFs podem ter mais sentido.
  3. Considere o câmbio como um fator, não o único motivador: A cotação do dólar é dinâmica e imprevisível. Criar regras fixas para investir só quando o dólar estiver em certo patamar pode atrasar seus ganhos e gerar ansiedade.
  4. Faça aportes regulares (dollar-cost averaging): Investir uma quantia fixa mensalmente ajuda a diluir o risco de comprar o dólar numa cotação alta e aproveita os momentos de dólar baixo para ampliar sua carteira.
  5. Esteja atento à diversificação: Mesmo investindo no exterior, diversifique entre diferentes ativos, setores e regiões para equilibrar riscos.

Como começar a investir no exterior com pouco dinheiro?

Outro ponto comum é pensar que investir no exterior exige muito dinheiro e burocracia. Mas hoje em dia, com tecnologia e corretoras que oferecem acesso internacional, isso mudou bastante:

  • Corretoras digitais: Muitas permitem comprar ETFs e ações americanas com aportes a partir de pequenas quantias, sem a necessidade de grandes valores.
  • Fundos internacionais: São opções para investir de forma fácil e com pouco dinheiro, sem precisar comprar ativos diretamente.
  • ETFs no Brasil: Existem ETFs de dólar negociados na bolsa brasileira, que investem em ativos internacionais, facilitando o acesso para quem não quer lidar diretamente com câmbio.

Com cerca de R$1000 já é possível iniciar uma carteira diversificada no exterior, sempre levando em conta as taxas envolvidas para não afetar seus rendimentos.

Conclusão: não espere o dólar perfeito para investir

Seja dólar alto ou baixo, o segredo para investir no exterior está na constância, planejamento e segurança. A espera pelo momento ideal pode custar caro no longo prazo, perdendo oportunidade de crescimento e proteção da sua carteira.

Comece definindo seus objetivos e perfil, escolha os investimentos adequados e crie o hábito de aportes regulares. Dessa forma, você estará preparado para aproveitar as vantagens do investimento internacional, independentemente do câmbio do momento.

Investir no exterior é uma forma inteligente de diversificação que pode trazer mais estabilidade e potencial de valorização ao seu patrimônio.

Que tal começar a dar os primeiros passos hoje mesmo?

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