União Europeia pode acelerar entrada da Ucrânia como parte de plano de paz, dizem fontes
A Ucrânia poderia se tornar membro da União Europeia (UE) até 2027, de acordo com uma proposta apoiada por líderes europeus nas conversas para encerrar o conflito no país, conforme revelado pelo jornal Financial Times nesta sexta-feira (12).
Uma entrada da Ucrânia até 1º de janeiro de 2027 seria um dos pontos da versão mais recente de uma proposta de paz para acabar com a guerra, que já se aproxima de quatro anos de duração, segundo informações de fontes não identificadas.
De acordo com o FT, a Comissão Europeia, o órgão executivo da UE, agora entende que um cronograma acelerado para a inclusão da Ucrânia no bloco não prejudicaria as negociações de paz.
A adesão da Ucrânia à UE nessas condições representaria uma mudança significativa no processo tradicional de entrada adotado pelo bloco até agora.
Isso porque o país, que pediu para entrar em 2022, logo após o início da guerra, ainda não concluiu nenhum dos mais de 30 capítulos exigidos para a entrada de um novo membro na UE.
Esses capítulos abrangem questões relacionadas à estrutura macroeconômica, política e social das nações candidatas.
Segundo as fontes, a entrada da Ucrânia forçaria os líderes europeus a repensarem todo o processo de expansão do bloco, incluindo o acesso aos fundos da UE e o direito de voto no parlamento europeu.
A adesão de um novo Estado-membro ao bloco exige a aprovação unânime dos demais países, o que poderia ser um obstáculo, devido a governos mais alinhados com Moscou, como os da Hungria e da Eslováquia.
‘Há zero por cento de probabilidade de que a Ucrânia seja um Estado-membro pleno da UE em 1º de janeiro de 2027’, afirmou Mujtaba Rahman, diretor para a Europa do Eurasia Group, ao Financial Times. No entanto, o jornal menciona que tal compromisso pode impulsionar a candidatura do país.
A cláusula faz parte de uma versão revisada de uma proposta feita pelo ex-presidente americano Donald Trump para o fim dos combates na Ucrânia.
A proposta foi discutida e alterada após várias rodadas de negociações. Autoridades europeias consideraram o plano original como equivalente a uma rendição da Ucrânia.
A Rússia, por sua vez, indicou repetidamente que não aceitará termos que não se alinhem com suas reivindicações.
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